Os
oito policiais militares que estavam presos desde a Operação Espanta Raposa, em
março deste ano, foram soltos pela Auditoria Militar, da Justiça Estadual,
nesta segunda-feira 26/08/19
. O nono militar acusado de participar do esquema
criminoso já estava em liberdade. O grupo é denunciado por uma série de crimes
na Região Norte do Estado.
A
decisão foi tomada por um Conselho Especial de Justiça, em uma audiência. O
juiz de Direito seguiu o parecer do Ministério Público do Ceará (MPCE) e votou
pela manutenção das prisões; enquanto quatro juízes militares (oficiais da
Polícia Militar do Ceará - PMCE) votaram pela revogação das prisões, por
entender que a liberdade dos colegas de farda não irá prejudicar o andamento do
processo.
Foram
soltos, ainda na noite de segunda-feira (26), o tenente-coronel Paulo de Tasso
Marques de Paiva, o Major Francisco Marcelo Nantuã Beserra e os sargentos
Raimundo Nonato Cruz, Jorge
Luís de Sousa, Marcelo
Cristiano de Melo, Reginaldo
Bento de Araújo, Antônio
Barbosa Filho e Décio
Alves Fernandes.
O
Conselho Especial decidiu ainda, por unanimidade, que os oito PMs devem cumprir
medidas substitutas à prisão e estão proibidos de: acessar qualquer unidade da
Polícia Militar, em qualquer horário, salvo quando requisitado pelo Comando
Geral, oficialmente e por escrito; não manter contato com as vítimas e
testemunhas arroladas na denúncia do MPCE, por qualquer meio; e nem usar a
farda da PMCE e nem arma de fogo.
O
soldado Pablo Weslly Cavalcante de Sousa, filho do sargento Jorge Luís (também
acusado), já estava em liberdade, com aplicação de medidas cautelares, desde
que a Justiça aceitou a denúncia e o grupo de policiais militares virou réu, no
dia 26 de abril último.
Os
policiais militares são acusados de cometer vários crimes no Batalhão da
Polícia do Meio Ambiente (BPMA) de Sobral, como concussão (exigir vantagem
indevida) e corrupção passiva. Conforme nos autos do processo, os PMs exigiam
até R$ 20 mil de empresários da Região Norte e os ameaçavam de apreender
material, fechar estabelecimentos e ainda em prender ou matá-los.
*Compilado do Grupo AracatiPolicia24H
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