Ainda que o volume do
som não seja tão elevado, a quantidade de horas de exposição ao ruído também
pode afetar a audição. Foto: Cid Barbosa
Com a chegada do
Carnaval, as músicas entoadas através de caixas de som – os famosos “paredões”
– embalam os festejos de foliões despreocupados. É importante, contudo, ter
atenção ao excesso de ruído que, apesar da já ser esperado em blocos de rua e
apresentações, pode causar danos irreparáveis à audição.
O período que sucede o
feriado é marcado pela presença de pacientes com perda auditiva nos consultórios,
segundo o otorrinolaringologista Paulo Manzano. “Sabemos que há muitos jovens
perdendo a audição, e esse início da perda não é percebido na conversação,
talvez por isso que as pessoas não se atentem tanto. A sensação de zumbido
depois da festa é um indicativo de que houve lesão das células auditivos”,
explica.
![]() |
imagem da internet |
Os prejuízos do barulho
em excesso manifestam-se tanto através da intensidade, que representa o volume
do som, quanto através da pressão sonora, que é a vibração sentida no corpo.
Para aproveitar as festas sem correr o risco de prejudicar a audição, Manzano
recomenda que, ao transitar a pé próximo de caixas de som, os ouvidos sejam
protegidos pelas mãos “em concha”. “Essa prática protege da pressão sonora e
consegue reduzir a intensidade do som em 15 a 20 decibéis".
Ainda que o volume do
som não seja tão elevado, a quantidade de horas de exposição ao ruído também
pode afetar a audição. Por isso, é aconselhável dirigir-se a um lugar
silencioso, por 10 minutos, a cada hora. Também recomenda-se evitar dançar ao
lado das caixas de som, mantendo alguns metros de distância.
“O dano causado pelo barulho excessivo é
irreversível, e não há tratamento. O tratamento é a prevenção”, alerta o
otorrinolaringologista.
Diário do Nordeste
Postar um comentário