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Foto Kid Junior |
Todo sábado de Carnaval, há 13 anos, um bloco de
rua tradicional em Aracati é certo. Zé Pereira ganha a Rua Grande e anima os
foliões que preferem sair em percurso ao som de marchinhas de Carnaval.
De acordo com a diretora do bloco, Emanuela
Brígido, Dragão do Mar "foi um grande abolicionista, pioneiro na abolição
da escravatura. E, como a Mangueira lembrou de um aracatiense, por que não
agradecer a eles também pela lembrança?", comenta.
De crianças a idosos, o Zé Pereira chama a atenção
de quem passa pela Rua Grande. Quer seja pela animação dos foliões, quer seja pelos
bonecos gigantes, as lamparinas - que relembram o período em que não havia
iluminação na Cidade - não apagam nem com a força da chuva que insiste em cair.
A aposentada Marlúcia Oliveira, de 67 anos, curtiu
o sábado vestida do sonho de infância. "Queria ser freira, mas a cabeça
não deixava porque eu queria dançar, beber, namorar", revela a mulher que
se veste de beata há 10 anos no Carnaval de Aracati. Neste ano, a aposentada
trouxe uma boneca gigante apelidada carinhosamente de "mãe”, para que ela
continue pelos próximos carnavais, caso ela não venha.
Por outro lado, a cuidadora de idosos Emanuelle
Freitas, de 37 anos, apostou no look animalesco. Natural de Aracati, segundo
ela, o bloco do Zé Pereira foi criado em homenagem ao seu bisavô, Nogueira
Ponciano, carnavalesco famoso no Município e já falecido. A roupa que veste
para curtir a folia é justificativa para o próprio empoderamento: "quis
exteriorizar o que tem dentro de mim", disse.
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