No período de Carnaval,
a incidência da patologia é maior em pessoas que mantêm contato íntimo. Ela
pode trazer consequências graves à saúde
Doença do beijo amplia
contaminação durante o Carnaval
A mononucleose, também
conhecida popularmente como “doença do beijo”, é uma patologia infecciosa que
pode ser transmitida por secreções orais, relações sexuais ou transfusões de
sangue. Não existe um período de incidência definido, o que faz com que algumas
pessoas a confundam com gripe, febre, dor de garganta ou problemas
respiratórios, principalmente em períodos chuvosos. Durante os festejos de
Carnaval, porém, a frequência com a qual os contatos íntimos são mantidos
aumentam a possibilidade de contágio.
De acordo com o
infectologista Robério Leite, ela pode ser muito grave em pessoas com
deficiência na imunidade, como as que fizeram algum tipo de transplantes de
órgãos. O especialista afirma que o vírus da mononucleose pertence à família
dos herpesvírus, entretanto não quer dizer o mesmo que herpes labial, uma
infecção nos lábios e dentro da boca.
Em países desenvolvidos,
a “doença do beijo”, explica o médico, tem uma maior incidência em
adolescentes. No Brasil, acontece mais nos quatro primeiros anos de vida de uma
criança, geralmente na fase da pré-escola, quando ela fica muito tempo exposta
ao contato com pessoas da mesma idade, compartilhando copos e colocando
brinquedos na boca, por exemplo.
Transmissão
Robério Leite atesta que
tanto a incubação quanto a transmissão da patologia são variáveis. Os sintomas
também são diversos, podendo durar em torno de uma semana ou mais. “O mais
comum é febre moderada, mas pode ser elevada. Além disso, a pessoa pode ter
dores na garganta e aparecer placas de pus, gânglios no corpo, principalmente
no pescoço; erupções e manchas na pele. Pode haver, ainda, aumento no baço e
inflamação no fígado, que só pode ser constatado por um especialista”, completa
o infectologista.
Ele atesta que não há
antiviral para a doença, mas podem ser usados antitérmicos para controlar a febre.
O paciente deve se manter sempre hidratado. Dependendo do caso, os médicos
podem indicar o uso de corticóide, quando, por exemplo, há aumento nos
gânglios, que pode que atrapalhar a respiração.
Quando sentir os
sintomas, é indicado que a pessoa procure um médico, que vai fazer o
diagnóstico por meio de exames de sangue. Não há um tratamento específico para
a doença, mas é recomendável que a pessoa infectada pelo vírus tenha repouso
intenso e que faça ingestão de líquidos constantemente. Como medida de
prevenção, é sugerido manter a higiene bucal e evitar o compartilhamento de
objetos que se aproximem da boca, como pratos, copos e talheres.
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