A diabetes é um mal que
acompanha a vida de inúmeras pessoas e pode ser também o ponto final da
trajetória. De acordo com a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), 583 pessoas,
entre 30 e 69 anos, morreram por conta da doença em 2018. Apesar das
centenas
de óbitos contabilizadas no último ano, o Estado registrou uma diminuição se
comparado a 2017 - quando foram registradas 682 mortes.
Essa diminuição
acompanha uma constante pois, desde 2015, os números de óbitos causados por
diabetes têm decaído. Há quatro anos, 717 mortes por essa razão foram
registradas, seguidas de 685, em 2016 e 682, em 2017.
Em relação à taxa de
pessoas diagnosticadas com a enfermidade, os números de Fortaleza também
apresentam diminuição, é o que aponta a Pesquisa de Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do
Ministério da Saúde.
De acordo com a Vigitel,
entre 2016 e 2017, a taxa de prevalência na Capital cearense, em homens, caiu
de 7,9% para 6,9%; e, entre as mulheres, a diminuição foi de 8,5% para 8,1%. A
Vigitel analisa cinco mil resultados, em cada capital brasileira.
Rotina alterada
A diabetes é uma doença
que atinge o pâncreas, órgão responsável pela criação de insulina. Uma vez
comprometido, a quantidade de glicose não é devidamente processada, acumulando
açúcar no sangue - situação que pode agravar e criar outros problemas de saúde,
como infarto e "pé diabético", entre outros.
Para que os números
estaduais e municipais relacionados à doença continuem em constante diminuição,
o coordenador da Atenção Primária à Saúde de Fortaleza, Rui de Gouveia, sugere
dois passos: readequação alimentar e prática de exercícios físicos.
"Quando o pâncreas
começa a ficar cansado, ele produz menos (insulina). Então, a pessoa deve comer
menos carboidratos, e ter maior moderação para forçar menos o órgão. E, ao
praticar exercícios físicos, você está gastando a energia da glicose, que assim
não fica livre no corpo", complementa o coordenador municipal.
Panorama de diabetes no
Ceará
Alterar alimentação e
hábitos cotidianos são passos comuns àqueles que recebem o diagnóstico da
doença. "A gente tem que ter consciência e mudar realmente tudo",
declara Margarida Silva, diagnosticada com diabetes há 12 anos. "A
alimentação se torna diferente, os hábitos têm que mudar. A gente não pode mais
comer doce, bolo, refrigerante etc.", completa a aposentada, que cortou
definitivamente esses alimentos.
Margarida também alterou os
hábitos cotidianos e passou a praticar exercícios físicos. "Eu faço
fisioterapia e pilates. Comecei a me tratar no Centro dos Diabéticos (se
referindo ao Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão, instituição estadual
referência no tratamento da doença)Fonte: DN
Postar um comentário