No
Ceará, existem pessoas que, por falta de condições financeiras, moram em locais
considerados vulneráveis, facilitando a proliferação do Barbeiro, inseto
que
causa a Doença de Chagas, mal que atinge mais de vinte mil cearenses. A boa
notícia é que cientistas descobriram a cura, após testes em laboratório.
Por
semana, uma morte é registrada no Estado. Além disto, segundo a Organização Mundial
da Saúde (OMS), cerca de 260 mil pessoas possuem a doença no Ceará, mas não
sabem. A doença é transmitida pelas fezes do Barbeiro infectado pelo
Trypanosoma cruzi. A pessoa afetada pode apresentar complicações de saúde que
vão desde um distúrbio do sistema digestivo a problemas cardíacos, podendo
levar o paciente à morte.
Mas
uma pesquisa feita na Escola de Farmácia da Universidade Federal de Ouro Preto,
em Minas Gerais, pode ser a esperança para a cura da enfermidade. Um grupo de
cientistas decidiu avaliar o potencial de ação da substância “licnofolida”,
retirada da planta Arnica para produzir um medicamento.
De
acordo com a professora Marta Delana, que orientou a pesquisa, os testes
apontaram resultados significativos, e alcançaram 100% de cura tanto na fase
aguda como na crônica. O estudo surgiu em 2009, e envolveu pesquisadores das
áreas de plantas medicinais, nanotecnologia e parasitologia. Marta Delana
afirma que agora vão ser necessários novos investimentos para dar
prosseguimento à pesquisa.
Este
ano, completa-se 110 anos da descoberta da Doença de Chagas. Entretanto,
aconteceram poucas evoluções no tratamento durante o período. Segundo dados da
OMS, cerca de oito milhões de pessoas sofrem do mal de Chagas no mundo.
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